O Oeste Barueri de olho no E-sports.
Um mercado SMART. Específico, Mensurável, Alcançável, Relevante e que está se formando agora, neste Momento.
Alex Caús | Barueri, 17 de Junho de 2019.

Ok,
você já sabia.
Já tinha ouvido falar.
As perguntas que te faço são:
Você sabe o potencial?
O que representa?
Quais são as perspectivas?
Você ainda acha que é brincadeira?
Bom, uma brincadeira não movimenta US$1,50 bilhões no Brasil e cresce 66% de 2016 para 2017.
Esse mercado de 75 milhões de brasileiros ou 58% da população Onine do país, com 47% de jovens que ainda não têm 30 anos, merece todo nosso respeito e atenção, afinal é formado por gente que entende o sentido da palavra profissionalismo, pessoas comprometidas, proativas, rápidas na tomada de decisões. Bem educados, eles são filhos da revolução digital, com fácil e total acesso à informação.
Muitas empresas, porém, ainda desconhecem a dinâmica mercadológica dos e-Sports.
Parece haver uma miopia que a idade corporativa traz com o tempo. Tudo bem. Troque os óculos, baixe as barreiras e continue lendo.
O que explica é o gap entre gerações.
Os CEOs - pessoas com poder de decisão sobre os investimentos das corporações - têm entre 45 e 75 anos, são filhos e pais da geração Atari, o que explica a dificuldade de entender os games como negócio.
Do outro lado, existe jovens que vivenciam o esporte, mas que não têm experiência comercial para explorar todo o potencial de seu negócio.
O Surf, hoje esporte de sucesso que mais vende produtos para pessoas que não o praticam, tem um segmento de mercado com seu próprio life style, mas isso nem sempre foi assim. Nas décadas de 70 e 80, seus praticantes eram malvistos, pois passavam o dia na praia.
Um primeiro passo, portanto, talvez seja melhor compreender o praticante de e-Sports.
Para eles, não faz sentido ter carro ou casa na praia, num mundo com Uber e Airbnb.
O que eles prezam é qualidade de vida e desprendimento, nem que seja para chegarem em casa mais cedo e conectarem-se ao mundo virtual.
O tamanho da Quiksilver hoje decorre de uma aposta histórica da empresa num esporte nem sempre tão popular, mas cujos praticantes prestigiam as marcas autênticas, assim chamadas aquelas que literalmente surfaram a onde junto com eles.
Essa parece ser uma característica também dos gamers: são refratários às empresas oportunistas e fiéis às marcas que sem mostraram como parceiras legítimas, que conversam com público e praticantes, que crescem junto, com sensibilidade e habilidade.
A Gillette, enxergou esse mercado e hoje patrocina um dos maiores eventos do segmento.
Outras marcas ávidas por rejuvenescer sua base de clientes começam a colocar seus pés dentro das principais competições do país.
Deve-se ter cautela, porém.
Esse público não consome propaganda como outros consumidores o fazem. Não pelos mesmos canais.
Os gamers escolhem as suas plataformas de comunicação e os horários que vão assistir (Twitch, YouTube, etc...), diferentemente dos telespectadores de esportes tradicionais que engoliam a grade de programação imposta pela TV aberta.
Enfim:
Há um novo mercado.
Espero tê-lo feito enxergar.
Respeite suas particularidades com muita sensibilidade.
Jogue fora seus conceitos antigos, aqui não farão sentido.
Invente e Simplifique.
Diverta-se com eles.
Trabalhe duro.
Faça isso já e o processo de fidelização irá pavimentar a estrada que trará o consumo e uma nova história.
*Fonte: SuperData e Newzoo.
*Fontes dos dados apresentados: SuperData e Newzoo.